Veículos que fazem manutenção em telecomunicação estão sem combustível.
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SÃO PAULO - As empresas que prestam serviços de telecomunicações para as operadoras e provedores do setor informaram nesta segunda-feira que estão sem combustível, devido à greve dos caminhoneiros.
Para que não haja a interrupção definitiva, o setor apela para a necessidade urgente de abastecimento de combustível. Do contrário, adverte que poderão ser afetadas instalações de escolas, hospitais, pronto-socorros, famílias, empresas, governo, polícia, entre outros.
Cerca de 1 milhão de trabalhadores e empresas estão envolvidos diariamente com a instalação e manutenção em todo o país, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços e Instalações de Sistemas de Redes de TV por Assinatura (Sinstal) e Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra).
Hoje, nas estradas, caminhoneiros estavam selecionando nas barreiras que tipo de veículo poderia passar. Os carros que fazem atendimento na área de telecomunicações estavam sendo retidos.
A Vivo, marca da Telefônica Brasil, colocou um aviso automático para quem liga ao seu serviço de atendimento ao cliente. A companhia alerta que, devido à greve, poderá ocorrer atraso na visita técnica. De acordo com a mensagem, se o pedido de visita não for atendido, será reagendado. Dentro do possível, serviços essenciais e emergências estão tendo prioridade, informa a gravação.
No sábado, 26, o Valor informou que as operadoras já estavam em estado de emergência e alertavam para o risco de paralisação dos serviços. A Claro afirmou, no sábado, por nota: "Desde já, a Claro pede desculpas e se solidariza a seus clientes. Também se compromete a recuperar o tempo perdido, retomando agendamentos e agilizando manutenções , assim que a situação estiver normalizada."
O SindiTelebrasil, que representa as operadoras do setor, informou que os prédios das telefônicas possuem geradores a diesel para manterem as redes funcionando quando acaba a energia elétrica. E esses apagões são comuns principalmente nas regiões Norte, Nordeste e até em Brasília.
No domingo, as prestadoras de telecomunicações, por meio do SindiTelebrasil, fizeram um pedido formal à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que haja prioridade no abastecimento da frota de veículos que fazem manutenção das redes, conforme noticiou o Valor. O objetivo é proteger a operação de infraestrutura crítica desses serviços , de acordo com o Decreto nº 9.382, de 25 de maio de 2018.
A organização pediu também escolta dos caminhões-tanque até os reservatórios de abastecimento dos geradores usados nas centrais de telecomunicações, que são acionados em casos de falta de energia comercial.
O presidente da Anatel, Juarez Quadros, disse ao Valor que toda a situação está sendo reportada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo e ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.