Feninfra critica proposta de aumento de tributos apresentada pelo governo
- Ela lembrou que o setor de serviços é o maior empregador do Brasil, e será o mais onerado.
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- Foto: Vivien Suruagy | Presidente da Feninfra
As medidas do governo não representam nenhum esforço de ajuste fiscal, e apenas aumentam a carga de tributos.
A presidente da Feninfra, Vivien Suruagy, que representa empresas de instalação, manutenção de redes e empresas de teleatendimento, fez duras críticas às propostas do governo de aumento de tributos para compensar o déficit nas contas públicas.
Segundo Suruagy, que participou do Seminário Liberdade Econômica, realizado em Brasília nesta quarta, 11, as medidas do governo não representam nenhum esforço de ajuste fiscal, e apenas aumentam a carga de tributos, sinalizando assim que novos aumentos poderão acontecer no futuro, caso não haja um esforço de corte de despesas.
A Feninfra voltou a defender a desoneração da folha de pagamentos, e defendeu que ao invés de se retomar os patamares anteriores de tributação com a reoneração, que está acontecendo progressivamente, haja um esforço de equalização para que ocorra uma alíquota única sobre a folha em todos tipos de empresas.
Ela lembrou que o setor de serviços é o maior empregador do Brasil, e será o mais onerado, tanto com o aumento dos tributos sobre a folha, quanto com a própria reforma tributária aprovada, e por isso pediu uma regulamentação cuidadosa."Com forte presença em áreas como tecnologia, transporte, saúde, educação, telecomunicações e construção civil, esse setor é responsável por mais de 70% do PIB brasileiro", disse.
Para a executiva, vive-se hoje " sob a égide do aumento de impostos em nosso País. E continuamos repetindo o erro. Antes de qualquer outra medida, precisamos reduzir o peso do Estado", disse.
Ela apontou a falta de compromisso com o ajuste das contas na frente das despesas, seja com o custo do funcionalismo, seja com a vinculação de receitas e benefícios sociais. "E o que falar do déficit público das estatais? As estatais brasileiras fecharam 2024 com um rombo de R$ 8 bilhões, o pior resultado desde 2002", disse Suruagy, também lembrando o rombo da previdência.
Ela ainda criticou medidas que possam representar tributação de dividendos ou distribuição de juros sobre capital próprio, o que teria profundo impacto nos investimentos e na valorização das ações em bolsa.
Fonte: Teletime
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